Na madrugada do dia 22 de agosto, policiais militares, mandados pelo Governador José Serra, invadiram a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. A invasão da mesma aconteceu por causa de uma manifestação pacifica, onde cerca de 350 manifestantes, entre estudantes ligados ao MST, à UNE, MSU e ao Educafro realizavam, em prol de melhorias na educação pública do país. Mas que, para o Serra, não passava de uma bagunça a qual precisava ser controlada.
(adaptado)
Ao me perceber enquanto estudante, que detém uma autonomia moral de reivindicar os meus direitos e ainda, estudante que vive em uma legislação onde a liberdade de expressão é livre, consto, a partir de fatos como o da invasão da USP, o quanto esta realidade está longe de ser verídica.
Somos privilegiados em viver em uma nação onde a tal liberdade de expressão é livre e criticamos Cuba, pelo fato de que no país a tal liberdade não existe. O que causa em nós, capitalistas democráticos, revolta e repúdio para com o sistema político da ilha caribenha. Mas vos pergunto caro leitor: Cadê a liberdade de manifestar dos alunos na Universidade de São Paulo¿ E o pior, a manifestação tinha como maior objetivo melhorias na educação pública do país, que foi impedida de forma agressiva e arbitrária com a ordem direta do então Governador do Estado, José Serra – direitista, elitista e conservador. Governador esse que é tão arbitrário como o Fidel, lá de Cuba.
Com uma diferença significante: no país socialista a educação pública atende às necessidades da população, o índice de analfabetos é menor que 3%. No Brasil, escola pública é sinônimo de castigo para quem não quer estudar, ou o que resta pra quem não tem muito que escolher. E então, o que é preferível ¿ Não ter sua liberdade de expressão, porém ter acesso a uma educação qualificada ou não ter a mesma e estudar toda a vida em um colégio público e concluir sem, sequer saber interpretar um texto ¿
Enquanto a consciência critica e moral do povo continuar escondida e ignorada pelo modelo social em que vivemos e, principalmente, pela mídia que nos engole, invasões como as da USP continuarão tratadas como nada, a educação pública continuará precária e Cuba sempre será vista como ameaça global. Enquanto nós brasileiros, continuaremos em nossa eterna ignorância, acreditando verdadeiramente na liberdade de expressão e na democracia em que vivemos, onde quem manda e dita as leis, ainda são os colonizadores.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Apontar é bem mais fácil.
Eu sei o que eu não quero.
O que eu quero é um mistério. Não, não é.
Eu quero tudo, muito rápido, como de praxe da fúria adolescente. Quero tudo só para mim, quero fazer as cousas andarem de trás para frente porque é assim que é o certo e assim que eu quero que seja. Eu quero, eu quero e eu quero. Como uma criança que chora escandalosamente por um brinquedo novo.
Meus objetivos não são muitos, nem ambiciosos. Afinal, o que é ambição para alguém de dezessete anos? Um carro, uma casa, uma mulher, três filhos, dinheiro no bolso, um cachorro e um fim de semana na praia. Sim. Não. Não para mim. Eu não quero pegar Sol, nem beber água de coco enquanto ladrões de terno riem da minha gente,sentados em suas poltronas de couro falso.
Será um longo caminho até alcançarmos o progresso e a ordem ditos na bandeira. A bandeira que deixou de ser verde há muito tempo, perdeu também o significado e hoje em dia, ser patriota é torcer na copa, no pan e nas olimpíadas. Isso não vem ao caso. De fato, nós somos uns medíocres com sede de revolução e sem capacidade de revolucionar. Infelizmente não temos um Ernesto Guevara correndo pelas ruas, não temos e não teremos enquanto ficarmos apenas criticando o mundo e os outros.
“Todo mundo é referência e se compara só para ver quem é melhor. (...) Todas querem vida fácil sem ser puta e com reputação.” Moreno Veloso.
Nós sabemos o que queremos, mas não sabemos como conseguir. Então vamos lá, acordar cedo e ir trabalhar com uma granada na cintura para termos em nossas mentes aquela falsa idéia de proteção enquanto lucramos alguns trocados para o pão de todo dia.
O meu único mentor me disse que é melhor seguir o caminho errado do que não ter um caminho para seguir (não com estas palavras). Ele está certo, mas eu espero que não por muito tempo.
O que eu quero é um mistério. Não, não é.
Eu quero tudo, muito rápido, como de praxe da fúria adolescente. Quero tudo só para mim, quero fazer as cousas andarem de trás para frente porque é assim que é o certo e assim que eu quero que seja. Eu quero, eu quero e eu quero. Como uma criança que chora escandalosamente por um brinquedo novo.
Meus objetivos não são muitos, nem ambiciosos. Afinal, o que é ambição para alguém de dezessete anos? Um carro, uma casa, uma mulher, três filhos, dinheiro no bolso, um cachorro e um fim de semana na praia. Sim. Não. Não para mim. Eu não quero pegar Sol, nem beber água de coco enquanto ladrões de terno riem da minha gente,sentados em suas poltronas de couro falso.
Será um longo caminho até alcançarmos o progresso e a ordem ditos na bandeira. A bandeira que deixou de ser verde há muito tempo, perdeu também o significado e hoje em dia, ser patriota é torcer na copa, no pan e nas olimpíadas. Isso não vem ao caso. De fato, nós somos uns medíocres com sede de revolução e sem capacidade de revolucionar. Infelizmente não temos um Ernesto Guevara correndo pelas ruas, não temos e não teremos enquanto ficarmos apenas criticando o mundo e os outros.
“Todo mundo é referência e se compara só para ver quem é melhor. (...) Todas querem vida fácil sem ser puta e com reputação.” Moreno Veloso.
Nós sabemos o que queremos, mas não sabemos como conseguir. Então vamos lá, acordar cedo e ir trabalhar com uma granada na cintura para termos em nossas mentes aquela falsa idéia de proteção enquanto lucramos alguns trocados para o pão de todo dia.
O meu único mentor me disse que é melhor seguir o caminho errado do que não ter um caminho para seguir (não com estas palavras). Ele está certo, mas eu espero que não por muito tempo.
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Manifesto Descontente, por Tazzio Puccinelli.
Nós não queremos mudar o mundo.
Nós queremos destruir.Somos a geração que se contenta com pouco.
Futebol, telenovelas e comerciais.Não somos revolucionários.
Nossos ideais foram traçados por terceiros e jamais serão alcançados.Nós não vamos parar de construir. Queremos deixar um legado de auto-suficiência para as próximas gerações.
Para cima, até o topo, sempre em direção aos céus.
Não queremos evoluir. Queremos ser Deus.
Somos nossa própria desgraça em termos de religião e cultura.
Consumistas, pessimistas e desamparados.
Nossa geração é a mais pura definição de futilidade.
Os jovens que antigamente lutavam por liberdade, hoje ostentam correntes de prata, ouro e lata com meia dúzia de mulheres semi-nuas ao seus pés.
Nosso presente é um presente de grego. Um cavalo de Tróia no meio da cidade, pronto para desmontar-se e transforma-se em Quimera gigante em praça pública. Temos os problemas mais variados, desde dólares na cueca até aviões seqüestrados por terroristas afegãos.
Nossos heróis não usam capa vermelha, nem pintam os rostos. Nossos heróis estão sentados em salas fechadas com isolamento acústico, escrevendo dós e mis sobre a fome e a miséria nacional. Nosso orgulho de existir está estampado nas praias lindas (que ainda duram por aqui), nas mulheres (peitos, bundas), no carnaval e na bandeira verde e amarela que tremula bem em época de copa do mundo. O país do futebol é também o país dos pés-rapados, bóias frias, é também o país do trabalho infantil e do trabalho escravo. É o país do desemprego, da fome, da intolerância, da falta de respeito e educação, educação e bons modos. A única etiqueta que conhecemos é da Nike e nossa única marca uma empresa que extrai petróleo para dar continuidade à evolução da tecnologia (dinheiro).
Temos maravilhas. Temos um cristo de braços abertos, de costas para a pobreza e de frente para o mar, bronzeado como um bom santo brasileiro, temos bananas e nossas próprias pirâmides construídas em cima dos morros cariocas, paulistas e de qualquer outra região do país.
Temos promessas a cumprir. Prédios para construir e uma ordem a seguir.
O ódio e a fome tomam conta das ruas e ninguém sabe ao certo o significado do verbo amar. Viver e prosperar, viver e alcançar, viver e sobreviver. De olhos fechados caminharemos em direção a um abismo de campanhas políticas e mentiras enquanto os nossos jovens espancam empregadas domésticas apenas por confundirem-nas com prostitutas (animais).
Até o dia em que daremos as mãos em volta de uma árvore com mais de duzentos anos, tudo continuará estagnado com está, sempre pendendo para o lado mais fraco da balança que insiste em separar a sociedade em camadas como um pedaço de carne num prato vegetariano.
Nós queremos destruir.Somos a geração que se contenta com pouco.
Futebol, telenovelas e comerciais.Não somos revolucionários.
Nossos ideais foram traçados por terceiros e jamais serão alcançados.Nós não vamos parar de construir. Queremos deixar um legado de auto-suficiência para as próximas gerações.
Para cima, até o topo, sempre em direção aos céus.
Não queremos evoluir. Queremos ser Deus.
Somos nossa própria desgraça em termos de religião e cultura.
Consumistas, pessimistas e desamparados.
Nossa geração é a mais pura definição de futilidade.
Os jovens que antigamente lutavam por liberdade, hoje ostentam correntes de prata, ouro e lata com meia dúzia de mulheres semi-nuas ao seus pés.
Nosso presente é um presente de grego. Um cavalo de Tróia no meio da cidade, pronto para desmontar-se e transforma-se em Quimera gigante em praça pública. Temos os problemas mais variados, desde dólares na cueca até aviões seqüestrados por terroristas afegãos.
Nossos heróis não usam capa vermelha, nem pintam os rostos. Nossos heróis estão sentados em salas fechadas com isolamento acústico, escrevendo dós e mis sobre a fome e a miséria nacional. Nosso orgulho de existir está estampado nas praias lindas (que ainda duram por aqui), nas mulheres (peitos, bundas), no carnaval e na bandeira verde e amarela que tremula bem em época de copa do mundo. O país do futebol é também o país dos pés-rapados, bóias frias, é também o país do trabalho infantil e do trabalho escravo. É o país do desemprego, da fome, da intolerância, da falta de respeito e educação, educação e bons modos. A única etiqueta que conhecemos é da Nike e nossa única marca uma empresa que extrai petróleo para dar continuidade à evolução da tecnologia (dinheiro).
Temos maravilhas. Temos um cristo de braços abertos, de costas para a pobreza e de frente para o mar, bronzeado como um bom santo brasileiro, temos bananas e nossas próprias pirâmides construídas em cima dos morros cariocas, paulistas e de qualquer outra região do país.
Temos promessas a cumprir. Prédios para construir e uma ordem a seguir.
O ódio e a fome tomam conta das ruas e ninguém sabe ao certo o significado do verbo amar. Viver e prosperar, viver e alcançar, viver e sobreviver. De olhos fechados caminharemos em direção a um abismo de campanhas políticas e mentiras enquanto os nossos jovens espancam empregadas domésticas apenas por confundirem-nas com prostitutas (animais).
Até o dia em que daremos as mãos em volta de uma árvore com mais de duzentos anos, tudo continuará estagnado com está, sempre pendendo para o lado mais fraco da balança que insiste em separar a sociedade em camadas como um pedaço de carne num prato vegetariano.
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Sobre nossas cabeças, o perigo.
“No dia 17 de julho de 2007, o vôo 3054, um Airbus-320 da Companhia de Aviação TAM saiu da pista no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Este foi o pior acidente de avião, registrado na história do Brasil, superando a ainda recente tragédia com a aeronave da Gol, ocorrida no dia 26 de setembro de 2006.”
Era isso que dizia a notícia que li hoje mais cedo, e foi aí que eu me dei conta do que estava acontecendo. Não, não foi tarde demais, e nunca será tarde demais para sentir muito por todos os que estavam presentes naquele avião. Nenhum dinheiro será suficiente para ressarcir a dor de um ente querido perdido, a dor de ser incapaz de poder resolver o problema e enfim, nenhum dinheiro é maior do que a revolta que fica no peito de cada brasileiro temente (ou não) a Deus.
É de extrema necessidade que alguma providência seja tomada antes que a situação fique pior do que está - se é que isso é possível. Um erro não justifica o outro e os fins nem sempre justificam os meios; clichês à parte. É sempre bom frisar que nada será resolvido enquanto as autoridades insistirem em colocar a culpa no próximo da fila, e o nosso excelentíssimo senhor Presidente da Casa Do Caralho - porque nisso que nós vivemos, irmãos, sinto muito – der de ombros para toda a situação e pedir que seus ‘capangas’ da polícia federal resolvam tudo doa a quem doer, como ele gosta de dizer sempre.
Neste momento a população encontra-se descrente e esperando por uma direção a ser tomada. Muitos dirão que o país vive o melhor momento econômico de todos os tempos e tudo mais, mas isso não é nada comparado à fome que o brasileiro medíocre do sertão e de outros lugares sente, isto não é nada comparado aos 58 dias sem aula que passei devido à greve na rede pública de ensino da Bahia– esta causada pela falta de respeito que sofre o professor neste país, por assim dizer – e nada disso supera a raiva que os familiares do garoto que foi arrastado por um carro (que nem eu e nem você lembra o nome) dirigido por jovens que supostamente foram considerados o futuro do país.
Esta é a minha geração: Sem muitas perspectivas, sem idéias revolucionárias e sem o menor interesse de mudança. É triste saber que nasci na época errada, e mais triste ainda saber que, sozinho, não posso fazer nada.
Acabo por aqui dizendo o quanto sinto muito por tudo isto que aconteceu nos últimos tempos e pedindo a solidariedade de seja lá quem for que vá ler isto aqui para com os familiares daqueles que faleceram nesta terrível tragédia.
por Tazzio Puccinelli
Era isso que dizia a notícia que li hoje mais cedo, e foi aí que eu me dei conta do que estava acontecendo. Não, não foi tarde demais, e nunca será tarde demais para sentir muito por todos os que estavam presentes naquele avião. Nenhum dinheiro será suficiente para ressarcir a dor de um ente querido perdido, a dor de ser incapaz de poder resolver o problema e enfim, nenhum dinheiro é maior do que a revolta que fica no peito de cada brasileiro temente (ou não) a Deus.
É de extrema necessidade que alguma providência seja tomada antes que a situação fique pior do que está - se é que isso é possível. Um erro não justifica o outro e os fins nem sempre justificam os meios; clichês à parte. É sempre bom frisar que nada será resolvido enquanto as autoridades insistirem em colocar a culpa no próximo da fila, e o nosso excelentíssimo senhor Presidente da Casa Do Caralho - porque nisso que nós vivemos, irmãos, sinto muito – der de ombros para toda a situação e pedir que seus ‘capangas’ da polícia federal resolvam tudo doa a quem doer, como ele gosta de dizer sempre.
Neste momento a população encontra-se descrente e esperando por uma direção a ser tomada. Muitos dirão que o país vive o melhor momento econômico de todos os tempos e tudo mais, mas isso não é nada comparado à fome que o brasileiro medíocre do sertão e de outros lugares sente, isto não é nada comparado aos 58 dias sem aula que passei devido à greve na rede pública de ensino da Bahia– esta causada pela falta de respeito que sofre o professor neste país, por assim dizer – e nada disso supera a raiva que os familiares do garoto que foi arrastado por um carro (que nem eu e nem você lembra o nome) dirigido por jovens que supostamente foram considerados o futuro do país.
Esta é a minha geração: Sem muitas perspectivas, sem idéias revolucionárias e sem o menor interesse de mudança. É triste saber que nasci na época errada, e mais triste ainda saber que, sozinho, não posso fazer nada.
Acabo por aqui dizendo o quanto sinto muito por tudo isto que aconteceu nos últimos tempos e pedindo a solidariedade de seja lá quem for que vá ler isto aqui para com os familiares daqueles que faleceram nesta terrível tragédia.
por Tazzio Puccinelli
segunda-feira, 23 de julho de 2007
Grades e Ultraviolência.
Para quem vive em uma sociedade tomada pela violência urbana, acordar vivo é um prêmio, uma glória. E a cada dia vivo, uma nova batalha contra o inimigo social. Uma verdadeira guerra. E as armas contra a mesma são das mais variadas: condomínios infestados de seguranças, muros e cercas elétricas, privatizações de ruas públicas, carros e casas blindadas, e por ai vai, dependendo (é claro) do seu poder aquisitivo.
Sair à noite é uma aventura que muitos pensam duas vezes antes de realizar. O outro já é visto como criminoso e andar nas ruas requer todo um plano de segurança. As pessoas estão sendo obrigadas a viverem presas dentro de seus lares, cada um criando seu próprio presídio e clamando pra não sair da “batalha com uma simples bala perdida”.
Já tem mais de dois meses que a situação no Complexo do Alemão (Rio de Janeiro) parece estar pior (pelo ponto de vista da mídia)m do que no resto do país. Acredito que a bomba, cujo elemento principal que a compõe é a desigualdade social, “estourou” de forma significativa no local. Enquanto o pau não quebrar na porta do pai de família classe média, o mesmo não se preocupa com o pau que já quebrou na outra porta, agora, do pai classe baixa. Mas, quando quebrar, ai sim tem que se fazer justiça.
Certa vez li em um livro que “o crime é propriedade exclusiva da classe baixa”. E até faz sentido. Geralmente, pobre no Brasil e no mundo nem número é. Acesso às necessidades básicas quase não existe. Não passa de um lixo excluso da sociedade e infelizmente (ou felizmente) o crime é a sua única saída, e até mesmo, a única esperança de uma vida melhor. Ta certo que desse jeito a coisa não pode ficar. Legalmente falando, eu, você, e os cidadãos como um todo não têm culpa da desgraça alheia, porém, temos o dever de pensar e procurar resolver a tal, nem digo que pelo outro, mas, pela própria segurança.
Será mesmo que medidas de curto prazo vão resolver o problema? Através de pesquisas não elaboradas, constatei um ponto interessante: O custo que o governo teria na educação de um presidiário é exatamente a metade do que ele gasta enquanto preso. E ai vem outro questionamento: Por que não investir na educação?
“A violência não é um simples sintoma, é um desejo de transformação. É a mais nobre manifestação cultural da fome.” Assim já escrevia Glauber Rocha. E por fim, não acredito que tal fome seja só a fome do feijão e arroz.
nai
Sair à noite é uma aventura que muitos pensam duas vezes antes de realizar. O outro já é visto como criminoso e andar nas ruas requer todo um plano de segurança. As pessoas estão sendo obrigadas a viverem presas dentro de seus lares, cada um criando seu próprio presídio e clamando pra não sair da “batalha com uma simples bala perdida”.
Já tem mais de dois meses que a situação no Complexo do Alemão (Rio de Janeiro) parece estar pior (pelo ponto de vista da mídia)m do que no resto do país. Acredito que a bomba, cujo elemento principal que a compõe é a desigualdade social, “estourou” de forma significativa no local. Enquanto o pau não quebrar na porta do pai de família classe média, o mesmo não se preocupa com o pau que já quebrou na outra porta, agora, do pai classe baixa. Mas, quando quebrar, ai sim tem que se fazer justiça.
Certa vez li em um livro que “o crime é propriedade exclusiva da classe baixa”. E até faz sentido. Geralmente, pobre no Brasil e no mundo nem número é. Acesso às necessidades básicas quase não existe. Não passa de um lixo excluso da sociedade e infelizmente (ou felizmente) o crime é a sua única saída, e até mesmo, a única esperança de uma vida melhor. Ta certo que desse jeito a coisa não pode ficar. Legalmente falando, eu, você, e os cidadãos como um todo não têm culpa da desgraça alheia, porém, temos o dever de pensar e procurar resolver a tal, nem digo que pelo outro, mas, pela própria segurança.
Será mesmo que medidas de curto prazo vão resolver o problema? Através de pesquisas não elaboradas, constatei um ponto interessante: O custo que o governo teria na educação de um presidiário é exatamente a metade do que ele gasta enquanto preso. E ai vem outro questionamento: Por que não investir na educação?
“A violência não é um simples sintoma, é um desejo de transformação. É a mais nobre manifestação cultural da fome.” Assim já escrevia Glauber Rocha. E por fim, não acredito que tal fome seja só a fome do feijão e arroz.
nai
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Para não dizerem que paramos...
Aqui vai um post (cópia) bem interessante.
Não vão me encher porque eu copiei o post do El Cabong porque eu não vou me importar, então... vejam o tal post aqui.
Um beijo na testa.
Não vão me encher porque eu copiei o post do El Cabong porque eu não vou me importar, então... vejam o tal post aqui.
Um beijo na testa.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
O TARJA Mudou!
Mudou pra melhor, eu espero.
Como já havia um zine/jornal/seilá chamado Tarja Preta, decidimos mudar o nome para não haverem confusões. Afinal, Confusion is Sex!
Isto me lembra que o Sonic Youth irá lançar uma coletânea pela rede de cafeterias major americana Starbucks (!). Isto É incrível.
Enfim, a notícia está dada, aproveitem o Vox Populi para botar a boca no trombone. Aqui, o barulho é alto (ou o sistema é bruto, tanto faz).
T.
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