segunda-feira, 30 de julho de 2007

Sobre nossas cabeças, o perigo.

“No dia 17 de julho de 2007, o vôo 3054, um Airbus-320 da Companhia de Aviação TAM saiu da pista no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Este foi o pior acidente de avião, registrado na história do Brasil, superando a ainda recente tragédia com a aeronave da Gol, ocorrida no dia 26 de setembro de 2006.”

Era isso que dizia a notícia que li hoje mais cedo, e foi aí que eu me dei conta do que estava acontecendo. Não, não foi tarde demais, e nunca será tarde demais para sentir muito por todos os que estavam presentes naquele avião. Nenhum dinheiro será suficiente para ressarcir a dor de um ente querido perdido, a dor de ser incapaz de poder resolver o problema e enfim, nenhum dinheiro é maior do que a revolta que fica no peito de cada brasileiro temente (ou não) a Deus.

É de extrema necessidade que alguma providência seja tomada antes que a situação fique pior do que está - se é que isso é possível. Um erro não justifica o outro e os fins nem sempre justificam os meios; clichês à parte. É sempre bom frisar que nada será resolvido enquanto as autoridades insistirem em colocar a culpa no próximo da fila, e o nosso excelentíssimo senhor Presidente da Casa Do Caralho - porque nisso que nós vivemos, irmãos, sinto muito – der de ombros para toda a situação e pedir que seus ‘capangas’ da polícia federal resolvam tudo doa a quem doer, como ele gosta de dizer sempre.

Neste momento a população encontra-se descrente e esperando por uma direção a ser tomada. Muitos dirão que o país vive o melhor momento econômico de todos os tempos e tudo mais, mas isso não é nada comparado à fome que o brasileiro medíocre do sertão e de outros lugares sente, isto não é nada comparado aos 58 dias sem aula que passei devido à greve na rede pública de ensino da Bahia– esta causada pela falta de respeito que sofre o professor neste país, por assim dizer – e nada disso supera a raiva que os familiares do garoto que foi arrastado por um carro (que nem eu e nem você lembra o nome) dirigido por jovens que supostamente foram considerados o futuro do país.

Esta é a minha geração: Sem muitas perspectivas, sem idéias revolucionárias e sem o menor interesse de mudança. É triste saber que nasci na época errada, e mais triste ainda saber que, sozinho, não posso fazer nada.

Acabo por aqui dizendo o quanto sinto muito por tudo isto que aconteceu nos últimos tempos e pedindo a solidariedade de seja lá quem for que vá ler isto aqui para com os familiares daqueles que faleceram nesta terrível tragédia.



por Tazzio Puccinelli

2 comentários:

Anônimo disse...

é MUITO complicado, mesmo!

ísis disse...

muitos tem o interesse em mudança, acredito. mas poucos tem a disposição de levantar-se e fazer alguma coisa.