quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Apontar é bem mais fácil.

Eu sei o que eu não quero.
O que eu quero é um mistério. Não, não é.
Eu quero tudo, muito rápido, como de praxe da fúria adolescente. Quero tudo só para mim, quero fazer as cousas andarem de trás para frente porque é assim que é o certo e assim que eu quero que seja. Eu quero, eu quero e eu quero. Como uma criança que chora escandalosamente por um brinquedo novo.

Meus objetivos não são muitos, nem ambiciosos. Afinal, o que é ambição para alguém de dezessete anos? Um carro, uma casa, uma mulher, três filhos, dinheiro no bolso, um cachorro e um fim de semana na praia. Sim. Não. Não para mim. Eu não quero pegar Sol, nem beber água de coco enquanto ladrões de terno riem da minha gente,sentados em suas poltronas de couro falso.

Será um longo caminho até alcançarmos o progresso e a ordem ditos na bandeira. A bandeira que deixou de ser verde há muito tempo, perdeu também o significado e hoje em dia, ser patriota é torcer na copa, no pan e nas olimpíadas. Isso não vem ao caso. De fato, nós somos uns medíocres com sede de revolução e sem capacidade de revolucionar. Infelizmente não temos um Ernesto Guevara correndo pelas ruas, não temos e não teremos enquanto ficarmos apenas criticando o mundo e os outros.

“Todo mundo é referência e se compara só para ver quem é melhor. (...) Todas querem vida fácil sem ser puta e com reputação.” Moreno Veloso.

Nós sabemos o que queremos, mas não sabemos como conseguir. Então vamos lá, acordar cedo e ir trabalhar com uma granada na cintura para termos em nossas mentes aquela falsa idéia de proteção enquanto lucramos alguns trocados para o pão de todo dia.

O meu único mentor me disse que é melhor seguir o caminho errado do que não ter um caminho para seguir (não com estas palavras). Ele está certo, mas eu espero que não por muito tempo.

Um comentário:

Anônimo disse...

nós temos heróis, temos sim. Mas como lutar contra um gigante ? E como formar o exército? Mesmo vivendo nessa minha nostalgia do que eu nem presenciei, acredito que tem como mudar isso, e vai ser mudado. Nem que para tal, o mundo "acabe" e começe de novo. Tudo de novo...


mas enquanto não acontece, vamos ler Viva o Povo Brasileiro para atingir uma nota satisfatória em um teste fodido de escola.